segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Filhos.
Há muito tempo queria falar aqui sobre quando descobri a minha segunda gravidez. Foi engraçado quando demos a notícia para as pessoas.
A família, como não poderia deixar de ser, adorou a idéia. E todos começaram a torcer por uma menininha: “assim fica um casalzinho e pára por aí!”. (...)
Os poucos casais amigos que tem dois filhos ou mais, disseram que seria ótimo ter dois filhos pertinho um do outro, assim eles crescem juntos, dão trabalho de uma vez, e quando um estiver grande, o outro também vai estar e assim a gente fica mais tranqüilo.
Surpresa mesmo eu fiquei com os que tem apenas um filho, ou ainda não tem filho... Pra falar a verdade, fiquei um pouco chateada por ter que ouvir desde aquelas piadinhas mais sem graça do mundo, tipo: “vocês assim vão montar um time de basquete”, ou: “ vocês não tem televisão em casa?". Teve gente que chamou a mim e ao meu marido de loucos. Como se ter um filho fosse coisa de gente com algum tipo de distúrbio mental. Mas peraí!! Essa não deveria ser a reação daqueles que tem dois ou mais filhos??
Engraçada, para não dizer triste, a forma como algumas pessoas vêem os filhos. Não estou questionando o amor desses pais por eles. Mas sinto como se essas pessoas vissem um filho como um fardo, um transtorno, uma forma de gastar dinheiro sem parar.
Claro que os gastos são proporcionais ao que os pais estiverem dispostos a lhes oferecer. Quanto melhor a educação que você quiser dar, vai ter que gastar mais com escola, cursos, etc. Se quiser apostar em um atleta, além da escola, tem que investir em um esporte. Isso sem falar nos gastos infinitos com fralda, remédio, plano de saúde (para quem não quer cansar de esperar por uma consulta ou exame no SUS), roupas, leite (em pó ou de vaca), alimentação, etc...
Não que tenhamos dinheiro sobrando, muito pelo contrário. As coisas sempre foram e são difíceis.
Pessoalmente, vejo meus filhos como aqueles a quem dedico um amor que não consigo dedicar a mais ninguém.
Maria Carolina chegou há quase dois meses. As coisas estão caminhando melhor do que no início. João Henrique andou dando trabalho. Agora está tranqüilo. (...) Na verdade não sei se ele melhorou ou se eu aprendi a lidar com a situação.
As pessoas ainda perguntam se eu quero mais um filho. No começo, eu dizia que não sabia, só para não precisar ouvir aquelas piadinhas de sempre. Mas pensando melhor, mudei a atitude:
SIM!! EU QUERO MAIS UM FILHO! SE TIVER CONDIÇÕES, EU VOU TER MAIS UM FILHO DAQUI ALGUNS ANOS.
Quando eu penso em mais um filho, não penso nas noites sem dormir, ou no dinheiro que vou gastar. Penso sim, e muito, no que eu vou receber: olhares apaixonados, sorrisinho banguela, aquele cheirinho de leite que os bebezinhos tem... abraço apertado, beijo melecado, pedidos manhosos de carinho, de colo, de cuidado. Tentativas de chamar a minha atenção a todo custo. Tudo isso e, ainda por cima, de alguém que vai me chamar de mamãe...
Eu realmente não preciso de mais nada!!
Felicidade para mim, é isso!
 
Escrita por Rúbia at 18:45 | Permalink |


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