segunda-feira, 21 de maio de 2007
João Henrique - descoberta da gravidez.
Em 2004, eu estava simplesmente alucinada pela idéia de ter um filho. Do nada, meu instinto maternal gritou dentro de mim e nós passamos a tentar. Mas eu não engravidava. Fizémos todos os exames, e estava tudo normal conosco. A solução dada pelo médico era... continuar tentando, mas desencanar, ficar mais tranquilos!
Cada mês que eu via que não tinha engravidado, ficava frustrada. E depois de um ano inteiro tentando sem sucesso, resolvi tocar a vida e voltei a estudar em 2005. Fui fazer especialização, e esse período foi muito legal mesmo!!
Acho que esse negócio de desencanar funciona de verdade ... eu engravidei no final de 2005.
No início, eu não imaginava que estava grávida. Tive uma pequena tontura uma única vez. Um dia, logo que acordei, me olhei no espelho e tive a impressão de que meu rosto estava "redondo", rosto de grávida... Bom, o fato é que eu achava que não poderia estar grávida, pois eu estava tendo um sangramento. Achei que estava menstruada normalmente, mas não era. Depois eu descobri que esse sangramentoé normal no momento que o bebê "cola" na parede do útero.
Para mim, minha menstruação não estava nomal, estava atrasada... então eu disse pra mim mesma: "Eu tenho certeza que não estou grávida. Mas vou fazer o exame de sangue para confirmar." E fui. Saí do escritório escondido do Henrique, porque se ele me perguntasse onde eu ía, eu ía ter que mentir e parece que quando você mente, a mentira fica estampada na sua cara. E também porque eu não queria falar nada pra ninguém. Sou chata.
Comigo não teve essa de teste de farmácia, esperar mais uns dias... No segundo dia do que eu considerava "atraso" já fiz logo o exame e pronto.
Para meu desespero, o exame só ficaria pronto no final da tarde. E como demorou para passar aquela quinta feira...
Fui lá. Parei o carro, desci, andei até a clínica. Pedi pra moça, que eu conhecia, meu resultado, e ela falou: " Seu resultado vem do laboratório de Campinas... Eles passam por fax." Nisso, tocou o telefone. "Olha, acho que é o seu". E era. Aí, ela destacou o papel do fax, olhou, sorriu e me entregou. Quando eu li o "POSITIVO" lá no final, eu nem sei o que eu senti.
Agradeci a moça, saí rapidamente do laboratório e entrei no carro. Foi a primeira reação.
A minha segunda reação foi cair no choro. Não sei porquê, mas eu chorei meio desesperada. Acho que foi susto. Acho que é diferente engravidar no momento de desencanação, quando se está com a cabeça voltada para projetos de trabalho, estudo e tudo mais.
Fui para o escritório chorando. Parei na frente da loja - chorando - e chamei meu marido - chorando-. Ele veio, e eu dei o exame para ele - chorando-. Ele leu e falou: "O que é isso?"
Eu meio sem paciência - agora sem chorar-: "Eu estou grávida!!"
Ele falou: "Nossa... eu achei que você tinha batido o carro ou sido assaltada... PARABÉÉÉÉÉÉNS"
(sem comentários)
Logo depois, chegou minha sogra e Clarinha na loja. Henrique nem esperou ela sair do carro e foi dando o papel do exame para ela ler: "Olha mãe!"
Ela já achando que alguém estava com alguma doença terminal... entrou em pânico, nem conseguia desligar o carro, óculos caindo na cara, Clarinha pulando em cima dela... "O que é isso meu Deus do céu??"
Quando viu do que se tratava, "VOCÊ TÁ GRÁVIDA?!?!?!?!?!?!?!"
E daí, beijos, abraços, carinhos na barriga, mil recomendações, ligações para família inteira... UFA!!
Naquele dia, vinha uma amiga minha jantar em casa, a Luciana. Ela foi minha primeira amiga a saber. Liguei para minha mãe que não estava em casa.
No dia seguinte ela me ligou pela manhã. Dei a notícia e foi outra festa, mas do jeito dela, calmo, numa boa... mas muito feliz!

Ai ai ai...

Lembrando desse dia, me dá uma saudade dele... Se eu pudésse eu queria vivê-lo de novo. Para começar a pular de felicidade no meio do laboratório, para abraçar a moça que me deu o papel do exame. E abraçar todo mundo que estava ao meu lado. E abraçar a mim mesma... Para, em vez de chorar no carro, sair gritando pela rua de alegria, desenhar corações, comprar flores, chorar de alegria, gritar de alegria, pular de alegria, sorrir, sorrir, sorrir... E também para rezar e agradecer a Deus não só pelo presente que ele estava me enviando, mas principalmente pela oportunidade de ser feliz que estava me dando.

(continua...)
 
Escrita por Rúbia at 16:26 | Permalink |


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