Nesse mês que passou, algumas mudanças aconteceram por aqui e outras se anunciam para muito em breve.
Primeiro, ganhei uma vizinha nova: Valéria!
Minha amiga e seu marido Antônio agora são proprietários das terras aqui ao lado de onde moro. A propriedade já tem até uma piscina semi-olímpica de 1000 litros... Chique como eles só!
Agora somos (eu e meu marido) contratados pelo casal latifundiário como mandadores de freezer para consertar (inclui fazer orçamentos e tudo), fechadores de registro, apagadores de luz acesa, conferidores do serviço do tiozinho responsável pela limpeza (HUNF!!! Esse serviço eu queria pra mim, mas tudo bem...), arrumadores de faxineira em cima da hora, além de outras coisas que surgem de repente. Estamos podendo!
Outra coisa importante que aconteceu foi termos colocado o João na escolinha.
Era assim:
Quando ele nasceu, eu ficava com ele o dia todo, e dava uma trabalhadinha de madrugada ou no pouco tempo livre que sobrava. Foi um período muito difícil, porque eu teria que entregar meu trabalho de conclusão de curso da especialização. Devia ter utilizado o atestado que a minha médica queria me dar. Inteligente que só, não usei. Bom, mas fiz, entreguei no prazo e tirei B.
Cuidar do bebê era muito bom. Mas no dia que ele fez 1 mês, eu tinha uma audiência. Deixei ele com minha sogra, leite do peito e tudo mais. E fui!
Aí, os compromissos foram aparecendo, os clientes também, as audiências, os prazos para cumprir... Voltei a trabalhar no período da tarde. Cuidava dele de manha e minha sogra ficava com ele para mim a tarde. Quando eu voltava do trabalho as 18:30, pegava o João e ia pra casa.
Há algum tempo eu já estava descontente com a rotina dele. Quando ele fez 10 meses, resolvi que, todos os dias as 16 horas, uma babá (minha vizinha) buscaria-o na minha sogra e assim, quando eu chegasse do trabalho, ele já estaria em casa.
Depois de 4 meses assim, a babá disse que estava com sérios problemas na coluna e que não poderia continuar. Achei até melhor, estavam acontecendo umas coisas que não me agradavam...
Resolvemos então que ele iria para a escola.
A escolha não foi muito difícil. Na verdade visitei duas escolas. Na primeira, não gostei do jeitinho parado das crianças da idade dele... Sei lá o que era, mas não virava!
A segunda foi muitíssimo bem recomendada por minha sogra e cunhada (minha sobrinha também estuda lá). No começo eu não queria nem conhecer, justamente por isso... Mas acabei ponderando, afinal, todo mundo quer o bem para o João. Se fosse uma droga, não falariam bem, não é verdade?
E lá fui eu conhecer a escola.
Olhei, perguntei algumas coisas, vi a criançada, as professoras, a limpeza e achei que naquele lugar eu deixaria meu filho e conseguiria trabalhar tranqüila. Já na semana seguinte, iniciamos a adaptação. Mas que coisa mais chata é essa! Tudo bem que precisa, que ele tinha que ver que eu estava lá... Mas haja saco para ficar sentada no banco da escola, hein?
No primeiro dia, ele ficou duas horas e não chorou. No segundo, ficou duas horas e chorou quase o tempo todo. A professora o trazia toda hora para me ver. No terceiro dia, em uma hora eu contei e trouxeram ele seis vezes chorando... Eu já estava ficando desanimada porque essa adaptação estava muito complicada. Eu optei por ficar sentada no banco e deixá-lo com as professoras. Sei lá, criança perto da mãe faz umas manhas e eu achei que seria melhor ficar longe. Mas vendo tanto choro fiquei em dúvida se o melhor mesmo não era ficar lá no meio de todo mundo. E eu estava lá perdida nos meus pensamentos e me remoendo em dúvidas quando a professora veio me chamar para vê-lo. Era hora do lanche e ele estava sentado na cadeirinha comendo e olhando a criançada toda. Ela disse se eu não queria fazer um teste e ir embora. Nem pensei duas vezes, fui e voltei depois de 2 horas. Ela falou que foi tudo bem, que no dia seguinte ele já poderia ficar sem mim.
E foi indo, foi indo... Todo dia na hora da entrada era uma choradeira. E na hora da saída, quando ele me via, também. Acho que ele achava que eu ia embora de novo, tadinho. Só queria ficar abraçado comigo, não me soltava nem para eu colocá-lo na cadeira do carro.
Pra resumir, agora já está ficando mais tranqüilo.
Até faz manha para ficar, mas logo se distrai e quando eu volto para buscá-lo, já não chora mais. Hoje mesmo ele sorriu, falou “mamã” e veio correndo me abraçar.
Um dia de cada vez, não é?
Outra mudança por aqui é que minha cunhada descobriu que tem um sério problema de saúde e está sendo operada nesse momento. A cirurgia é de risco e estamos todos rezando e torcendo para que tudo saia bem. Confiamos que vai dar tudo certo.
No trabalho, consegui um bom resultado num processo. O cliente ficou satisfeito, a família dele mais ainda, e eu fiquei orgulhosa de mim mesma! Sabe aquele clique que te dá na cabeça e você resolve tentar? Tentei e deu certo.
Tem também outras coisas na área profissional que podem acontecer em breve. Se der certo, vai ser a realização de um sonho. Mas é melhor esperar dar certo antes de falar...
É isso!